Quando a bola enfim rolou, quem atrasou foi o Corinthians. Com a vantagem de poder empatar, o time da casa recuou a marcação, ao contrário do que sempre fez, e chamou o adversário para seu campo. Só que o Santos tinha dificuldade para se infiltrar. Tentava confundir a marcação com Ganso buscando a bola da defesa, atrás de Arouca, e Neymar rodando entre os volantes e os zagueiros corintianos.
Em uma das jogadas ofensivas, Neymar foi desarmado por Willian no meio-campo e propiciou perigosíssimo contragolpe. O Corinthians saiu com tudo de trás, e a bola passou pelos pés de Jorge Henrique, Danilo, Alex e Paulinho até ser devolvida para Willian, que chutou rasteiro da entrada da área, mas sem força, facilitando a defesa de Rafael.A Outra rara chance do Corinthians, depois de seguidas subidas do Santos, foi através de bola parada na meia direita, aos 20 minutos. A barreira esperava cobrança de Chicão, mas Alex bateu rapidamente na tentativa de surpreender Rafael. Mas o goleiro estava esperto e pulou no canto esquerdo para espalmar a escanteio.Quatro minutos mais tarde, Fábio Santos ficou com sobra pouco à frente da área e rifou a bola. Um lance atípico que deixou clara a estratégia defensiva da equipe mandante – ou apenas de seus jogadores, já que o técnico Tite se esgoelava à beira do gramado pedindo a eles que subissem a marcação.
Mantendo-se da linha do meio-campo para frente, o Santos quase abriu o placar em chute de Juan defendido por Cássio, após bola atrasada por Ganso. Aos 35 minutos, sim, o time visitante inaugurou o marcador. Neymar deixou Fábio Santos no chão e abriu na direita para Alan Kardec cruzar rasteiro. Borges desviou no meio, e Neymar ainda deixou a bola tocar a trave esquerda antes de empurrar à rede.
Inflamado e novamente com o placar favorável, o time da casa continuou marcando na frente. Aos oito, Paulinho chutou bola pela lateral, e Adriano deu início a uma breve confusão. O volante santista empurrou um gandula que pretendia atrasar a reposição de bola, e os corintianos só não foram para cima do adversário porque Tite não os deixou.
A marcação adiantada persistiu por algum tempo e começou a cair por terra na metade do segundo tempo, pouco depois de Paulinho acertar a trave direita e ver o assistente apontar impedimento. Neymar procurou bola em todos os espaços do campo, porém a retaguarda corintiana fechou-se bem e mostrou o porquê de ter sido vazada só três vezes no torneio, um dos principais motivos para que a classificação inédita à Libertadores fosse selada no apito final de Leandro Vuaden.
Ao apito final, os jogadores do Corinthians celebraram a classificação inédita com a sua eufórica torcida
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