6 de jun. de 2015

Conheça Rico Dalasam, rapper paulistano de 24 anos que prepara álbum de estreia

De uns anos para cá, o hip hop norte-americano deixou de ser uma música homofóbica e assistiu a emergência do “queer rap”, de nomes como Mykki BlancoLe1fZebra Katz e House of LaDosha. Também graças ao multiculturalismo, as batidas do gueto global embalaram sons de nomes como M.I.A.Azealia BanksBrooke CandyCharli XCX e Grimes.
Quem pensava, no entanto, que este sopro de novidades não chegaria ao Brasil, vê o rap feminino de Flora MatosCarol Conkae Tássia Reis quebrando a barreira do machismo. Assiste também à chegada de talentos, como o paulistano de 24 anos Rico Dalasam, que prova da inevitabilidade das mudanças.
Ouça Rico Dalasam
Nesta sexta-feira (28), Rico liberou a faixa Aceite-C, primeiro single do seu álbum de estreia. O Virgula Música conversou com o rapaz.
O que você acha que sua geração tem a somar no hip hop? Que características sua música traz que são novas?
Minha geração arejou as ideias sobre rap, sobre música e faz música pro mundo, sem perder o compromisso que nos fez trazer o hip hop pra ser nosso estilo de vida. Eu faço música pra libertar, não faço música pra uma cena especifica. O rap é meu amigo, nós transitamos por diversos lugares, assim como eu minha música é feita de varios guetos.
Você mesmo que produz suas músicas? Como é o processo?
Esse é meu debut álbum, nos últimos anos lancei singles em batidas que já existiam. Pra esse, separei as letras que entrariam no CD, idealizei o clima, os timbres, instrumentos com todos os detalhes e fui fazendo parcerias com beatmakers que eu tinha vontade de trabalhar. Nessa equipe tivemos Filiph Neo, Casp, Tico Pro, Gedson Dias, e o Vini.
O Aceite-C, primeiro single do seu álbum tem um conotação de afirmação sexual? 
Há algum tempo, cheguei à seguinte definição: a aceitação move o rejeitado. Porém, mais que isso, a rejeição move quem se aceita, sempre acompanhei de perto, na minha acasa, na minha rua, na minha escola dois grandes conflitos: negros x polícia e religiosos x gays (partindo do opressor).
Seja o gay, o negro, o religioso, o rapper, o policial, seja quem for que ouça esse som e se aceite mais, sem atravessar o samba de ninguém, até porque boa parte da sociedade é no minimo duas dessas coisas (risos).
Como apresentaria a si mesmo para alguém que gosta de música brasileira alternativa, mas que ainda não te conhece? 
Em algum ponto eu sou igual a você. Vou até dizer que em vários. Minha música é feita de minorias, o que me faz acreditar que ela é grandiosa. Eu sou aquela novidade que vários ja pensaram em ser, já dançamos as mesmas baladas. Só que agora finalmente nos encontramos pra dançar essa.
Quem são seus heróis musicais?
Creio na sinergia que há entre o som e a imagem. Há uma magia quando o artista acerta nisso por isso esses três são exatos e não enjoo: Rick James, Prince e André 3000.
Que outros nomes da nova cena vocês gosta e indica?
Uma MC mulher Karol de Souza e um cara o Amiri. Esse pessoal é 2030 de bom.
Que aspectos crê ser recorrentes entre esses nomes, um zeitgeist, o espírito do tempo, do momento?
Quem pensa um pouquinho, já sabe o que os ventos trarão, tudo oque surge dentro de uma cultura, seja através de variações, mutações, já estava sendo fomentado de alguma forma. Assim como a moda vem das ruas. Creio que o inconciente coletivo permeia essas definições.
O single abre com Daniela Mercury, crê que a música brasileira estejam em processo de fusão com outros gêneros? O que a música tem a ganhar com esse diálogo?
É quase impossivel não existir essas fusões por aqui. É muita coisa boa e diferente acontecendo na música nacional. Alguém encontra com alguèm e mescla essas riquezas. O rap faz isso muito bem, geral quer pedacinho de rap na sua música, uma participação, coisa assim e a chance de ficar bom é sempre grande.
O que considera o melhor na tradição do hip hop?
Sintetizando, o hip hop salva vidas, educa, reeduca, o hip hop é bárbaro (risos). 
E o que considera que será o hip hop do futuro?
A sociedade consome hip hop através de um grafite, de um rap gringo que toca no ambiente. Isso à distância, de longe. A cultura tem entrado na casa das pessoas, nas vidas e em um futuro próximo, com suas variações, vai ter hip hop pra todo mundo e todo mundo vai ter uma grau de relação com a cultura.

Exclusivo: confidencial com Valesca Popozuda


Funkeira do momento descobre popofã inusitado na edição de abril de Casa Vogue

 POR REDAÇÃO, COLABOROU JULIA MELLO


Valesca (Foto: Divulgação)
"Beijinho no OmbroEu Sou a Diva Que Você Quer Copiar" e o mais recente single "Sou Dessas" são apenas alguns dos sucessos musicais de Valesca Popozuda. Em 2013, a cantora, compositora, produtora musical e empresária brasileira conquistou a televisão, o rádio e players musicais de todo o Brasil. Ela caiu até no gosto de um dos arquitetos mais badalados do País, Isay Weinfeld, que em entrevista a Casa Vogue confessou que escutaBeijinho no Ombro a caminho do trabalho. 
Instagram Valesca Popozuda (Foto: Instagram / reprodução)

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A presença da diva é praticamente uma unanimidade no universo brasileiro: ela participou de um reality show, foi repórter, apresentadora e apareceu em novelas. Se não está presente, Beijinho no Ombro está. A frase foi citada pela personagem Teresa, interpretada por Fernanda Montenegro, na novela Babilônia. “É, minha querida, como diz aquela grande pensadora contemporânea: beijinho no ombro pras invejosas”, diz Teresa. 
valesca (Foto: Divulgação)
Valesca, agora, flerta com o mundo do design, da arquitetura e, porque não, das artes. Ela conta, em uma entrevista superexclusiva para Casa Vogue, qual seu artista preferido, que objeto ela seria, qual pessoa gostaria de ser, e, claro, o que fazer para manter o recalque fora da porta. Confira abaixo!
Jardim  (Foto: Divulgação)

Casa Vogue: Como é a casa dos sonhos de Valesca Popozuda? 

Valesca Popozuda: Eu sempre penso numa casa com um jardim gigante e um quintal enorme para receber meus amigos e minha familia. Não idealizo muito por dentro mas sempre sonho com uma casa grande por esse motivo.
CV: Qual ambiente da sua casa você gosta mais?

VP: Eu gosto muito do meu quarto.
CV: O que não pode faltar no quarto de uma diva?

VP: Com certeza uma cama confortável e uma TV! (risos)
Popofãs (Foto: Instagram / reprodução)
CV: Qual objeto de decoração não pode faltar no camarim da Valesca? 

VP: Por incrível que pareça, eu não peço nada de outro mundo. Apenas um local para meus fãs e amigos sentarem quando forem me ver.
CV: Qual objeto ou móvel você acha que foi a melhor invenção para a casa? 

VP: O sofá! Adoro receber as pessoas e ficar sentada batendo papo e falando da vida.
CV: Se você pudesse ser um objeto para a casa, qual você seria? 

VP: Com certeza um sofá! (risos)
valesca (Foto: Rogerio Cavalcanti – Arquivo Vogue)
CV: O que não pode faltar no banheiro da Valesca? 

VP: Um espelho bem grande.
CV: Se você pudesse adquirir qualquer coisa para colocar em sua casa, o que você escolheria?

VP: Uma churrasqueira de tijolinho. Eu acho linda.
Romero Britto (Foto: Thinkstock)

Valesca e artista (Foto: Instagram / reprodução)
CV: Você gosta de arte? Tem algum pintor ou artista plástico que admire? 

VP: Eu gosto de quadros. Recebo muitos que os fãs pintam e me dão de presente. Mas admiro bastante o Romero Britto.
CV: Você vai a exposições? Existe alguma que tenha te impressionado em particular?

VP: Eu não sou muito antenada em relação a exposições, mas espero receber um convite de alguma que seja interessante e, assim, poder dizer a vocês depois como essa experiência me afetou.
Cristo (Foto: Thinkstock)
CV: Existe algum monumento ou edifício do Rio de Janeiro que você goste muito? 

VP: O Cristo Redentor! Eu sou apaixonada por ele.
Marina Abramovic e Lady Gaga (Foto: Getty Images)
CV: O que você acha de parcerias entre artistas e músicos? (Como por exemplo, Lady Gaga e Marina Abramovic). Você faria algo assim? 

VP: Faria, claro! Eu acho lindo, eu admiro muito essa mistura entre as artes.
Eiffel (Foto: Thinkstock)
CV: Qual é a melhor viagem que você já fez? 

VP: Na verdade toda a Europa foi inesquecível. Uma pena ter ido na época da neve. Pretendo voltar com mais calma, no verão, para conhecer tudo bem melhor.
Rabada (Foto: Tadeu Brunelli -  Acervo Editora Globo)
CV: Qual seu prato preferido? 

VP: Gosto de uma boa rabada.
Beyonce (Foto: Thinkstock)
CV: Se pudesse voltar à vida como outra pessoa, quem seria? 

VP: Beyoncé! (muitos risos)
valesca (Foto: Rogerio Cavalcanti – Arquivo Vogue)
CV: O que fazer para manter o recalque pra fora da porta? 

VP: Peço sempre muita proteção a Deus. "Acredito em Deus e faço ele de escudo".
valesca (Foto: Rogerio Cavalcanti – Arquivo Vogue)